sexta-feira, 17 de julho de 2009

Amor + ação = doação...

TÅRSØ
CAVÅ£ËÎRØ


Como poeta me fiz doação...a você !
Me despi de minhas emoções
me fiz coração
me inspirei no seu mundo
me arrisquei no meu salto
Me traduzi em letras...em sonetos
Aliviei minha bagagem...mostrei meu
carinho
Fui histórias sem fim
Como humano...me doei em vida de
corpo
Fiz escolhas de salvar,
num futuro quem sabe Deus,

____alguém !!

Vou doar tudo que tenho
ou tudo que foi me dado
vou devolver ao Pai aquilo
que cuidei com amor
que por amor recebi
Darei de mim...cada pedaço

____para que seja amado de novo

Darei meu sangue como ouro
meus olhos serão farois de outra vida
meu coração motor de outra fonte
Só por amor poderei fazer escolhas

____seria loucura ?

Quero salvar uma vida que seja
pois para quem está na espera
um ato é tudo que posso executar
Como humano me dispo de todas minha
vontades
Se a ciência atingiu esse nivél de
conhecimento...devo partilhar
em amor

ajudando-a vencer a morte !!

Páginas em branco

Luiz dos Santos

Folheando meu caderno da vida,
Descobri algumas páginas em branco.
Tentei lembrar a razão
E até mesmo perguntar-me,
O por quê?
Curioso, desfolhei mais ainda,
Em busca de uma resposta.
Não me decepcionei,
Quando nada encontrei.
Na verdade, achei bem melhor,
Porque sei seria pior,
Se tudo ficasse escrito.
Na vida, nem tudo deve ser relido.
Por isso o tempo apaga,
O que deve ser esquecido.

Pensei no aproveito
Das páginas em branco,
Mas um tranco impediu-me o intento
No momento em que li
Naquelas páginas em branco,
Que o ensinamento da vida,
É o exemplo,
Das páginas em branco vividas.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Doutrina de amar

Luiz Santos

Tua ternura acalma,
Tal qual a flor,
Suavidade da alma.
Brandura cristalina
Emanante brilha,
A luz reluzente
Transparente energia.
Que és guia permanente,
Que trilha.
Que o equilíbrio conduz
A serenidade sutil,
A um mero servil,
Ser gentil. Não faz diferença à nobreza.
Que a riqueza é a pureza divina,
Que ensina a doutrina de amar;
Aos outros como o próprio eu,
Não aos meus, nem aos teus.
Mas todos, que em ti assemelha.
Porque também és,
Do teu Deus.
A centelha.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Minha Musa

Machado de Assís

A MUSA, que inspira meus tímidos cantos,
É doce e risonha, se amor lhe sorri;
É grave e saudosa, se brotam-lhe os prantos.
Saudades carpindo, que sinto por ti.

A Musa, que inspira-me os versos nascidos
De mágoas que sinto no peito a pungir,
Sufoca-me os tristes e longos gemidos
Que as dores que oculto me fazem trair.

A Musa, que inspira-me os cantos de prece,
Que nascem-me d’alma, que envio ao Senhor.
Desperta-me a crença, que às vezes ‘dormece
Ao último arranco de esp’ranças de amor

A Musa, que o ramo das glórias enlaça,
Da terra gigante - meu berço infantil,
De afetos um nome na idéia me traça,
Que o eco no peito repete: - Brasil!

A Musa, que inspira meus cantos é livre,
Detesta os preceitos da vil opressão,
O ardor, a coragem do herói lá do Tibre,
Na lira engrandece, dizendo: - Catão!

O aroma de esp’rança, que n’alma recende,
É ela que aspira, no cálix da flor;
É ela que o estro na fronte me acende,
A Musa que inspira meus versos de amor!