segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Mascara Negra

Quanto riso oh quanta alegria
Mais de mil palhaços no salão
Arlequim está chorando
Pelo amor da colombina
No meio da multidão

Foi bom te ver outra vez
Está fazendo um ano
Foi no carnaval que passou
Eu sou aquele pierrô
Que te abraçou
e te beijou meu amor
Na mesma máscara negra
Que esconde o teu rosto
Eu quero matar a saudade
Vou beijar-te agora
Não me leve a mal
Hoje é carnaval

(Zé Keti/Pereira Mattos)

Berenice

Deixe de macaquice Berenice,
menina não pula, que tolice.

Berenice não mais pulou,
Berenice não mais brincou.

Deixe de criancice Berenice,
fazer Teatro é burrice,
filha minha faz Direito.

E ela trocou com dor no peito.

Sempre a mesma mesmice Berenice,
papai-e-mamãe é chatice.

E Berenice assumiu a fantasia
que não era sua e lhe dava azia.

Certo dia Berenice morreu,
no rosto um sorriso feliz,
sorriso de quem diz:
pelo menos nisto ninguém palpite deu.

(humberto o sousa)

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Para Lena


Filhos, que bom te-los;
aninha-los no colo
pela primeira vez,
a primeira palavra,
o primeiro sorriso,
os primeiros passos,
nossos sonhos
neles realizados.

Filhos, melhor não te-los?
aninha-los no colo
nas noites febris,
o choro constante
das dores não entendidas,
os primeiros tombos,
a partida,
o medo dos nossos sonhos
não serem cumpridos.

Filhos, é melhor te-los
próximos de nós,
temos medo que nós esqueçam,
que deixem de nos amar,
medo bobo,
nossos filhos precisam voar.