Composição: Cazuza / Arnaldo Brandão
Disparo contra o sol
Sou forte, sou por acaso
Minha metralhadora cheia de mágoas
Eu sou um cara
Cansado de correr
Na direção contrária
Sem pódio de chegada ou beijo de namorada
Eu sou mais um caraMas se você achar
Que eu tô derrotado
Saiba que ainda estão rolando os dados
Porque o tempo, o tempo não páraDias sim, dias não
Eu vou sobrevivendo sem um arranhão
Da caridade de quem me detestaA tua piscina tá cheia de ratos
Tuas idéias não correspondem aos fatos
O tempo não páraEu vejo o futuro repetir o passado
Eu vejo um museu de grandes novidades
O tempo não pára
Não pára, não, não páraEu não tenho data pra comemorar
Às vezes os meus dias são de par em par
Procurando uma agulha num palheiroNas noites de frio é melhor nem nascer
Nas de calor, se escolhe: é matar ou morrer
E assim nos tornamos brasileiros
Te chamam de ladrão, de bicha, maconheiro
Transformam o país inteiro num puteiro
Pois assim se ganha mais dinheiroA tua piscina tá cheia de ratos
Tuas idéias não correspondem aos fatos
O tempo não páraEu vejo o futuro repetir o passado
Eu vejo um museu de grandes novidades
O tempo não pára
Não pára, não, não páraDias sim, dias não
Eu vou sobrevivendo sem um arranhão
Da caridade de quem me detestaA tua piscina tá cheia de ratos
Tuas idéias não correspondem aos fatos
O tempo não páraEu vejo o futuro repetir o passado
Eu vejo um museu de grandes novidades
O tempo não pára
Não pára, não, não pára