tag:blogger.com,1999:blog-15723711198401454022024-02-07T19:44:07.360-03:00novos poetaspara quem gosta de poesiaAnonymoushttp://www.blogger.com/profile/16596524011452707270noreply@blogger.comBlogger52125tag:blogger.com,1999:blog-1572371119840145402.post-70811415906446864672011-05-13T14:29:00.001-03:002011-05-13T14:29:07.161-03:00Navio Negreiro - Castro Alves<p> </p> <p><img style="display: block; float: none; margin-left: auto; margin-right: auto" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgE6yQKVwjGW_ZXNvqoiqDirE3xQcMJd2qUwRMb66P3-H3ko5h7QexKYfxCJVao7qrSgxGZEEiCSDL62MGf3OyqcIy3faxsAXDlqpJE_GBDAjmjHiQe1oW7GRDqKd9CKb5k7l8_Lg98KIc/s1600/navio-negreiro-rugendas.jpg" width="362" height="222" /></p> <blockquote> <p><b>I</b></p> <p>'Stamos em pleno mar... Doudo no espaço  <br />Brinca o luar — dourada borboleta;  <br />E as vagas após ele correm... cansam  <br />Como turba de infantes inquieta.  </p> <p>'Stamos em pleno mar... Do firmamento  <br />Os astros saltam como espumas de ouro...  <br />O mar em troca acende as ardentias,  <br />— Constelações do líquido tesouro...  </p> <p>'Stamos em pleno mar... Dois infinitos  <br />Ali se estreitam num abraço insano,  <br />Azuis, dourados, plácidos, sublimes...  <br />Qual dos dous é o céu? qual o oceano?...  </p> <p>'Stamos em pleno mar. . . Abrindo as velas  <br />Ao quente arfar das virações marinhas,  <br />Veleiro brigue corre à flor dos mares,  <br />Como roçam na vaga as andorinhas...  </p> <p>Donde vem? onde vai?  Das naus errantes  <br />Quem sabe o rumo se é tão grande o espaço?  <br />Neste saara os corcéis o pó levantam,   <br />Galopam, voam, mas não deixam traço.  </p> <p>Bem feliz quem ali pode nest'hora  <br />Sentir deste painel a majestade!  <br />Embaixo — o mar em cima — o firmamento...  <br />E no mar e no céu — a imensidade!  </p> <p>Oh! que doce harmonia traz-me a brisa!  <br />Que música suave ao longe soa!  <br />Meu Deus! como é sublime um canto ardente  <br />Pelas vagas sem fim boiando à toa!  </p> <p>Homens do mar! ó rudes marinheiros,  <br />Tostados pelo sol dos quatro mundos!  <br />Crianças que a procela acalentara  <br />No berço destes pélagos profundos!  </p> <p>Esperai! esperai! deixai que eu beba  <br />Esta selvagem, livre poesia  <br />Orquestra — é o mar, que ruge pela proa,  <br />E o vento, que nas cordas assobia...  <br />..........................................................  </p> <p>Por que foges assim, barco ligeiro?  <br />Por que foges do pávido poeta?  <br />Oh! quem me dera acompanhar-te a esteira  <br />Que semelha no mar — doudo cometa!  </p> <p>Albatroz!  Albatroz! águia do oceano,  <br />Tu que dormes das nuvens entre as gazas,  <br />Sacode as penas, Leviathan do espaço,  <br />Albatroz!  Albatroz! dá-me estas asas. </p> <p><b>II</b></p> <p><b></b> <br />Que importa do nauta o berço,  <br />Donde é filho, qual seu lar?  <br />Ama a cadência do verso  <br />Que lhe ensina o velho mar!  <br />Cantai! que a morte é divina!  <br />Resvala o brigue à bolina  <br />Como golfinho veloz.  <br />Presa ao mastro da mezena  <br />Saudosa bandeira acena  <br />As vagas que deixa após.  </p> <p>Do Espanhol as cantilenas  <br />Requebradas de langor,  <br />Lembram as moças morenas,  <br />As andaluzas em flor!  <br />Da Itália o filho indolente  <br />Canta Veneza dormente,  <br />— Terra de amor e traição,  <br />Ou do golfo no regaço  <br />Relembra os versos de Tasso,  <br />Junto às lavas do vulcão!  </p> <p>O Inglês — marinheiro frio,  <br />Que ao nascer no mar se achou,  <br />(Porque a Inglaterra é um navio,  <br />Que Deus na Mancha ancorou),  <br />Rijo entoa pátrias glórias,  <br />Lembrando, orgulhoso, histórias  <br />De Nelson e de Aboukir.. .  <br />O Francês — predestinado —  <br />Canta os louros do passado  <br />E os loureiros do porvir!  </p> <p>Os marinheiros Helenos,  <br />Que a vaga jônia criou,  <br />Belos piratas morenos  <br />Do mar que Ulisses cortou,  <br />Homens que Fídias talhara,  <br />Vão cantando em noite clara  <br />Versos que Homero gemeu ...  <br />Nautas de todas as plagas,  <br />Vós sabeis achar nas vagas  <br />As melodias do céu! ... </p> <p><b>III</b></p> <p>Desce do espaço imenso, ó águia do oceano!  <br />Desce mais ... inda mais... não pode olhar humano  <br />Como o teu mergulhar no brigue voador!  <br />Mas que vejo eu aí... Que quadro d'amarguras!  <br />É canto funeral! ... Que tétricas figuras! ...  <br />Que cena infame e vil... Meu Deus! Meu Deus! Que horror! </p> <p><b>IV</b></p> <p>Era um sonho dantesco... o tombadilho   <br />Que das luzernas avermelha o brilho.  <br />Em sangue a se banhar.  <br />Tinir de ferros... estalar de açoite...   <br />Legiões de homens negros como a noite,  <br />Horrendos a dançar...  </p> <p>Negras mulheres, suspendendo às tetas   <br />Magras crianças, cujas bocas pretas   <br />Rega o sangue das mães:   <br />Outras moças, mas nuas e espantadas,   <br />No turbilhão de espectros arrastadas,  <br />Em ânsia e mágoa vãs!  </p> <p>E ri-se a orquestra irônica, estridente...  <br />E da ronda fantástica a serpente   <br />Faz doudas espirais ...  <br />Se o velho arqueja, se no chão resvala,   <br />Ouvem-se gritos... o chicote estala.  <br />E voam mais e mais...  </p> <p>Presa nos elos de uma só cadeia,   <br />A multidão faminta cambaleia,  <br />E chora e dança ali!  <br />Um de raiva delira, outro enlouquece,   <br />Outro, que martírios embrutece,  <br />Cantando, geme e ri!  </p> <p>No entanto o capitão manda a manobra,  <br />E após fitando o céu que se desdobra,  <br />Tão puro sobre o mar,  <br />Diz do fumo entre os densos nevoeiros:  <br />"Vibrai rijo o chicote, marinheiros!  <br />Fazei-os mais dançar!..."  </p> <p>E ri-se a orquestra irônica, estridente. . .  <br />E da ronda fantástica a serpente  <br />          Faz doudas espirais...  <br />Qual um sonho dantesco as sombras voam!...  <br />Gritos, ais, maldições, preces ressoam!  <br />          E ri-se Satanás!...  </p> <p><b>V</b></p> <p>Senhor Deus dos desgraçados!  <br />Dizei-me vós, Senhor Deus!  <br />Se é loucura... se é verdade  <br />Tanto horror perante os céus?!  <br />Ó mar, por que não apagas  <br />Co'a esponja de tuas vagas  <br />De teu manto este borrão?...  <br />Astros! noites! tempestades!  <br />Rolai das imensidades!  <br />Varrei os mares, tufão!  </p> <p>Quem são estes desgraçados  <br />Que não encontram em vós  <br />Mais que o rir calmo da turba  <br />Que excita a fúria do algoz?  <br />Quem são?   Se a estrela se cala,  <br />Se a vaga à pressa resvala  <br />Como um cúmplice fugaz,  <br />Perante a noite confusa...  <br />Dize-o tu, severa Musa,  <br />Musa libérrima, audaz!...  </p> <p>São os filhos do deserto,  <br />Onde a terra esposa a luz.  <br />Onde vive em campo aberto  <br />A tribo dos homens nus...  <br />São os guerreiros ousados  <br />Que com os tigres mosqueados  <br />Combatem na solidão.  <br />Ontem simples, fortes, bravos.  <br />Hoje míseros escravos,  <br />Sem luz, sem ar, sem razão. . .  </p> <p>São mulheres desgraçadas,  <br />Como Agar o foi também.  <br />Que sedentas, alquebradas,  <br />De longe... bem longe vêm...  <br />Trazendo com tíbios passos,  <br />Filhos e algemas nos braços,  <br />N'alma — lágrimas e fel...  <br />Como Agar sofrendo tanto,  <br />Que nem o leite de pranto  <br />Têm que dar para Ismael.  </p> <p>Lá nas areias infindas,  <br />Das palmeiras no país,  <br />Nasceram crianças lindas,  <br />Viveram moças gentis...  <br />Passa um dia a caravana,  <br />Quando a virgem na cabana  <br />Cisma da noite nos véus ...  <br />... Adeus, ó choça do monte,  <br />... Adeus, palmeiras da fonte!...  <br />... Adeus, amores... adeus!...  </p> <p>Depois, o areal extenso...  <br />Depois, o oceano de pó.  <br />Depois no horizonte imenso  <br />Desertos... desertos só...  <br />E a fome, o cansaço, a sede...  <br />Ai! quanto infeliz que cede,  <br />E cai p'ra não mais s'erguer!...  <br />Vaga um lugar na cadeia,  <br />Mas o chacal sobre a areia  <br />Acha um corpo que roer.  </p> <p>Ontem a Serra Leoa,  <br />A guerra, a caça ao leão,  <br />O sono dormido à toa  <br />Sob as tendas d'amplidão!  <br />Hoje... o porão negro, fundo,  <br />Infecto, apertado, imundo,  <br />Tendo a peste por jaguar...  <br />E o sono sempre cortado  <br />Pelo arranco de um finado,  <br />E o baque de um corpo ao mar...  </p> <p>Ontem plena liberdade,  <br />A vontade por poder...  <br />Hoje... cúm'lo de maldade,  <br />Nem são livres p'ra morrer. .  <br />Prende-os a mesma corrente  <br />— Férrea, lúgubre serpente —  <br />Nas roscas da escravidão.  <br />E assim zombando da morte,  <br />Dança a lúgubre coorte  <br />Ao som do açoute... Irrisão!...  </p> <p>Senhor Deus dos desgraçados!  <br />Dizei-me vós, Senhor Deus,  <br />Se eu deliro... ou se é verdade  <br />Tanto horror perante os céus?!...  <br />Ó mar, por que não apagas  <br />Co'a esponja de tuas vagas  <br />Do teu manto este borrão?  <br />Astros! noites! tempestades!  <br />Rolai das imensidades!  <br />Varrei os mares, tufão! ... </p> <p><b>VI</b></p> <p>Existe um povo que a bandeira empresta  <br />P'ra cobrir tanta infâmia e cobardia!...  <br />E deixa-a transformar-se nessa festa  <br />Em manto impuro de bacante fria!...  <br />Meu Deus! meu Deus! mas que bandeira é esta,  <br />Que impudente na gávea tripudia?  <br />Silêncio.  Musa... chora, e chora tanto  <br />Que o pavilhão se lave no teu pranto! ...  </p> <p>Auriverde pendão de minha terra,  <br />Que a brisa do Brasil beija e balança,  <br />Estandarte que a luz do sol encerra  <br />E as promessas divinas da esperança...  <br />Tu que, da liberdade após a guerra,  <br />Foste hasteado dos heróis na lança  <br />Antes te houvessem roto na batalha,  <br />Que servires a um povo de mortalha!...  </p> <p>Fatalidade atroz que a mente esmaga!  <br />Extingue nesta hora o brigue imundo  <br />O trilho que Colombo abriu nas vagas,  <br />Como um íris no pélago profundo!  <br />Mas é infâmia demais! ... Da etérea plaga  <br />Levantai-vos, heróis do Novo Mundo!  <br />Andrada! arranca esse pendão dos ares!  <br />Colombo! fecha a porta dos teus mares! </p> </blockquote> <p><a href="http://www.culturabrasil.pro.br/navionegreiro.htm">Navio Negreiro - Castro Alves</a></p> Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/16596524011452707270noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1572371119840145402.post-63259523585352232402011-05-06T13:44:00.001-03:002011-05-06T13:45:05.525-03:00Se você é...<p><a href="http://pensador.uol.com.br/autor/Madre_Tereza_de_Calcuta/"><font size="2">Madre Tereza de Calcutá</font></a></p> <p><img src="data:image/jpg;base64,/9j/4AAQSkZJRgABAQAAAQABAAD/2wCEAAkGBhQSEBQUExQWFRUVGBcYFxYXGBQYFxUWFBUVGBcVFxUXHCYeFxwjGhQUHy8gIycpLCwsFR4xNTAqNSYsLCkBCQoKDgwOGg8PGiklHCQsLCoqKSkpKSksKSkpKSwpLCksLCkpLCkpLCwsLCwpKSkpKSwpKSwsLCkpLCwpLCwpLP/AABEIAPoAygMBIgACEQEDEQH/xAAcAAACAwEBAQEAAAAAAAAAAAAFBgMEBwIBAAj/xABDEAABAwIEBAMFBQUHAgcAAAABAAIDBBEFEiExBkFRYRNxgQcikaGxFDLB0fAVI0JScjNDU2KCkuEW8RckRJOissL/xAAaAQACAwEBAAAAAAAAAAAAAAACBAEDBQAG/8QAKxEAAgICAgEDAgUFAAAAAAAAAAECEQMhBBIxE0FRBSIUIzJh0RVC4fDx/9oADAMBAAIRAxEAPwAc2PmpGwq/HRrttMvR9jFSKHgroUyv+AufAKjsHQDqorIXMjmIRWJQOouCrosAqvVeaRTvuqkrEQSOWSc134iha1Shq4JnviLx03JeuCieVBx0JVLFMoY4rlabgnsWkkja+aYRlwvkDcxAPIkm11VkzRx/qYSg5eEZ699xsFXLVtMfsUpsgHjS5r6u90AjoG20VhvsYo7C7pSRucwF/S2nol/x2IJYJ/BhYBCkButA4u9kslMx80D/ABImi5adHtHPs4ALPrpnHljkVxAacdM7DT1UrD1UHiL0zqwEtB67e7MFR8VfCRC0SiSWFVrWVnxjyX2S64KybDKeKQ2kfk+nxV84FT/4vzag5Z5LnL2VUoNvTGIZYJU42awyFePjVtqjc1U2K0VcqjeVJI6xULnojgbXg6oDUR67o9VuvdCKqO6vgwWgXM6ypyuumfCOEZqt+SMaCxe46BoJ3KYcX9mMLDkhqWmQNPuvH3ndA4aC+2qGXIhF9Ww445NWkZiwKWyIVuBywPDJY3Mcdg4WvfomvCPZfUPli8VuWN1i4gi4aBc+R2HqplmjFW2d1bdIDcI8Dy4g52UhkbPvSHXU7AC+qZq32IPaD4dS0n+FrmltzzFwTZG5scdSNEUULWQs/hGrj3LuZUcPHzZHhrmlo6kpCWTNJ9o+BtYYJU3syt2Hvpqrw5m2dG4ZgdRp9QV+hOFcQlmha9+WxAtbolfi3hmGribVRDPKCA8tuc7bW1HbTVccBYk9h8LXLfZBml6sL915CxpwlTNCfVtDrE6qTxBa99EIxiBxe0g2vogmL4i+JpZfdJxx9i9tIh4q4r8Rj4Ge7nBbnvoP+Fmp4Tga9pmqRlN8wjF3A9RfQ6ohiDyCe6X6pp6rUxQ6KkJ5JKT2VMRp4WEticXAn77xY28hshssYDi0EOsdxse4urE0RuuBEmbaKNHLqYg6gjzXDoymA4yZoWQzO91hGV1gXCwIy36a/IK9VcAzeF4sLmTCwJay+cA88ttfRR6iX6iXF+wn5CviXK3URujdZ7XNPRwI+RXBddWXYJCA5eZyunOI2XHju6qSTamRFeGNE/BUE7LLPsPqBKxlkPkRmojuqEtOrVJAUDHMvcJj4A4YEkrpZY7saPdzDQuPbnZDoKP3gtToqfJAxsZ2aLFL8nK1HqvcvxQt2yhXTRw5/DYGyOABsLA22280hYvh7i8nbmtB/Z+cku3S9xY9kO+riNAPLml8UqdIalEF4Oxj5Gfaf3jWatvrldv8E14rjTDERGbEbclmkWKyX2AHTVNWHQNljBO43VmSG7ZEK9hWqi4uNzcfmov2WE2yU0URBOU21HO6GYjiUZJytFvgrYzb8FcofJFgOLSUzhlN2k6tOyMzUAppRUROBie4vLTa7L6ltul7pW+1scf5T1UmJ1xLQ0nbndRKFuzlKls0PEeIYnsaWuubXNuXbzSVjWLmQHvol5lVY6FWH1d2m6mGFQOlOwVVzkjdC3zFWauTdUvFvom0Kt7OH76L4BdRMF1bEAIvdS2cDi1EqPHZoiCx7m26HlzUL4VyKcl1uqB0w4trwPTaIYphriQDVQH92R957TrkKzmop3RvLJGljm6FrhYg9wU88KMfE8OZfceqZOMOBX4i+KaPKyTLlkzX961sp07EqiGVYpU/DDnDsuyMft0Udz+rJu434Bfh7I3Z/EY7QuAtZ3S3RJ2ZPQnGauIu015P0Q6O4Q+oiIKNsYAuZae6zE6GaF10C7pMIMjwLbn4IyzDbmyO0tK2Ft+fM/ggnl6rRMcdsXMawKGnhzkuFjrzv5BS4fxjSRxtaHu9Qd1BxZUGVoa0aBJE+FP2AURh3j97DtQekaZPxBDlzMkDnEXAH4pGxaF0ri43J6qnQYO5uo3TRRwF1g7dSoqD0HfZCxT4Sb3IRVtI4CwJsmA0I6eqqzVtPH9+aNvm9v5qXJyJUWvADlwq+91WkwTTQ/FG38SUQ3qYv9wXMWPUbzZlTAT0zAfVT2kjvTbFh+APGtr+W6hjg3a4dtU+NhDm3GvdpuqdZhTZBbQOtoevmu9Vg+mZLj0clO/MLmN2x6diq9PjZcn+uwcPa+J43FiDyP6sskxGjfTTFj+R0PUciiWSmC4hiSbMV4WrmiOYBF6eiBCcjIUkqYJLCpoHOaUbZh1+SngwFzzYDUrnJEKwdTtzfwphwDhsyStuPd7LnDKAsnDCBvbtqtUgZBSxtLy1gHM6C6UzZeukMY4dgXQ8LmJzbD3QmSnhN7kWSnxX7S46YxiHLMXC7rHQA7ajmlWb2yVBuGxxt+JS6wZciui/vCGrL3tqxdhZHTa5wfEJ5AEEAd7rJMiM4viElVKZZXFznbnp2A5BU/szVq4cfpQURHLk7StG++JopKWoAdrqDouTGCofs5BWe9oZQdipSDorE7LixUWHu/dhWCkJN3sYSBNXRCxVGmwcOF+qL1Um6kw9o8Mev1VvdpEdUAqqgbG0ucQANydglyXGZ5SRSRgMG88mjB3F90w8QFr/AH5bmNpsyIbyvHXtdLOL0zcmevl8KPdlLFoSOQIH68lZGVhqIKrq+lzWqqyWofzjgvlv000X1M6nP9jhMsveTNqhlR7SYoPdoqSKMDTPIMzz30/MoRVe1Ovf/f5OzWtb9BdXLHJ/9Of7/wAji+nmO2Bx27oRiNMAD4uBuaOsbnA/JKVRxxWn/wBXN6PcFCz2g17NqqX1dm+RupeJr4Atf6v8hdtXQMNo5K2hf3Jc0HuOiYsH4gqWfee2ugP97DbxWd3M3KUv/FKpc3LUMgqGncSxtv8A7m2VKkqqWWQOhe+glP8AmLoSfMat+iqkmnTDT0a6+dtQzPG4Oc3zB/ocDq0+fNL+PcPR1LfeFtLh3Npv+BFiPNe8M4xUwS5azJJDILNqGWIJ/hzOby8wj1bCGSgbteLg+e/xsD8VyQEqMvosIfBI6N41Hz7pko6WwRiuw8P94feafivqelJtpZMqVIVas4o6C+qPYRJ4dyAL8v8AhRQQZQuwb8kEnYSVFV1OC8vdoSdPimCR7amkkpnGznCwda9joR9EGLNe6NYTg7n66tHVVTryw4mMYrg8lPM6KQWc027HoQellAyAp248gJrnhxvlDWg9g0Wv3QNlItTHPtFNmfNVKga2mKk+yIuyC3JdeAFLkckPxxA3UcmLG9lHUsQ5t/EHPXZI0vIx2d0PFNiLYY2F5N3C/ooJOJswNtEA4thdnY651aDb+Xsg8M5toqI4lJdhn1KdDJVYx3THTVQFMDfXL8zp+KyDF8TLL67Jow/H81BC8HmwH0fZBPEWxlYXxvGGU7XzaOc0mOEHYFo951vM/NY1jGNvnke57i5x5pg49xs+40H/ABD6umeP/wAj4Ja4V4YnxGbw4RZjf7SQ/dbf6nsihUFbDbpAGokBJ19ApKailf8Acie/yY4/QLf8J4Gw+gaLxiWXm94DnE9gdGhEJOIraMa1gHID9BVZPqEMYUONly7ij8/RcIVz/u0cx843D6ris4JroxeSkmA/oJ/+t1vVXjsg/jPpb8EscScf+DdjXvfJtlaSfpsl/wCqqTqhhfTcnyjFJqZzdHNc3+oEfVVwzVbZS402oiDanKHEXyPIcfUE6IVi/B1M8EiMMduHMOhHku/Hwk9qjnwckRFweuljsGSEC+17tN+rTotoxGmPhR8y0D1sAD+PxWR1WBSQO905m/Mea2jhyQz0ETnfeLbHzF2/gnY5IySaYlkxyi6ZzhGE+Id1dmwbI61lfwXDyATtbmis9dGxpzOb7u+ouq5TbegIxQrGgKmiwZ24Clm4zhzD3czeo307L0cdxZ7ZCG/zaX+CsrJ8APr8nsGAOuDbzRLFMRbTwklwBAsBzvboEuY1xqXgsiFhtm5+nRKc+Zxu4k+eqKOGU9zAlljDS8lOte6R5e43J3K8FgFM9t1WkYVoIS87I5XqH7SvZmlVrFWJA2P+J14YOqjwCcnxZrAljfd7OcbDRR1GE+I3O+RsTL2zOO/kOa9osXpaMOPjtla4WcyxDrjUWST3Go+RqCbldaLT5M7T4hu4/VLde4tJA+SgxLiYSOuwZR81zTYu15AeN9Lo443HZMnbFniGqIR3gHERJTyRE6tdcDsbG/oQgvEtH7x6IJgmKupagSbjZw6tO6HIi3G7VFviV7zKA7fW3+qR5+pWwcNubRUrKeLR1ryO5l5F3fl6LO+NqZrmw1UWrDb63F/iQmejqs0Nybkgj4je6yubkcYpI1OFiWR3L2A3EfENVLK5kbxGwHV27jbcBEMJxohrc7sztidig1VgOZ2aRzudgCbDXnZS0eDEuAvYep+KwcjtbPT44JKh3nAfHm205c+iT4I8zXBoAs91/wCY66apmonOEYBHLkh8UTYnm9gHEEg231vZUJgRpWilhfDTNXGMhxsLuJNxyueaYG0DWMHbn/wVcgpByJy8tdFHWS6W7c1dbXkolt0hR4jhyuFv4uy0D2dscaAB27XH4XuPq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width="202" height="250" /></p> <p> <br />Se você é um vencedor, <br />terá alguns falsos amigos <br />e alguns amigos verdadeiros. <br />Vença assim mesmo. <br />Se você é honesto e franco, <br />as pessoas podem enganá-lo <br />Seja honesto e franco assim mesmo. <br />O que você levou anos para construir <br />Alguém pode destruir de uma hora para outra. <br />Construa assim mesmo. <br />Se você tem paz e é feliz, <br />As pessoas podem sentir inveja. <br />Seja feliz assim mesmo. <br />Dê ao mundo o melhor de você, <br />mas isso pode nunca ser o bastante. <br />Dê o melhor de você assim mesmo. <br />Veja você que, no final de tudo <br />Será você ... e Deus. <br />E não você ... e as pessoas!</p> Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/16596524011452707270noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1572371119840145402.post-15143258926727068432010-11-11T11:03:00.001-02:002010-11-11T11:03:30.301-02:00Loucuras de amor com você<p><font color="#800080" size="2">Luiz Santos </font></p> <p><font color="#800080" size="2"> <br /></font>Não percebemos o amanhecer. <br />A madrugada foi de horas incontáveis, Incalculáveis, <br />Outra vez amanheceu e era outra vez madrugada. <br />Esparramados ao divã, nos descansava, <br />Sem nos importarmos, o amor compensava. <br />As horas não contadas que o prazer ofereceu. <br />Os corpos de suor molhados, encostados, estendidos, <br />Do êxtase relaxávamos de tudo que havíamos sentido. <br />Ingerimos das taças o vinho, <br />Brindamos todos os momentos vividos, <br />Seguidos naquele ninho de prazer e paixão. <br />Do amor sem limite, um convite, repetir a emoção. <br />Refazer energia numa parte do dia, a madrugada voltar e novamente amar. <br />Saciarmos o desejado delírio do sentimento contido, <br />Imbuídos ficarmos, não parar e só de amor nos alimentar. <br />Não deixar que a razão atrapalhe, nenhum só instante <br />E o senso em nossas mentes nada possa impedir <br />De fazer fluir em nossas veias esse amor selvagem, <br />E nessas loucuras de imagens, somente, nosso amor existir. </p> Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/16596524011452707270noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1572371119840145402.post-75847327204969109562010-10-23T12:04:00.001-02:002010-10-23T12:04:49.078-02:00Cala a Boca, Bárbara<p> </p> <blockquote> <h4><small>Composição: Chico Buarque / Rui Guerra</small></h4> <p>Ele sabe dos caminhos dessa minha terra <br />No meu corpo se escondeu, minhas matas percorreu <br />Os meus rios, os meus braços <br />Ele é o meu guerreiro nos colchões de terra <br />Nas bandeiras, bons lençóis <br />Nas trincheiras, quantos ais, ai</p> <p>Cala a boca - olha o fogo! <br />Cala a boca - olha a relva! <br />Cala a boca, Bárbara <br />Cala a boca, Bárbara <br />Cala a boca, Bárbara <br />Cala a boca, Bárbara</p> <p>Ele sabe dos segredos que ninguém ensina <br />Onde guardo o meu prazer, em que pântanos beber <br />As vazantes, as correntes <br />Nos colchões de ferro ele é o meu parceiro <br />Nas campanhas, nos currais <br />Nas entranhas, quantos ais, ai</p> <p>Cala a boca - olha a noite! <br />Cala a boca - olha o frio! <br />Cala a boca, Bárbara <br />Cala a boca, Bárbara <br />Cala a boca, Bárbara <br />Cala a boca, Bárbara <br />Cala a boca, Bárbara <br />Cala a boca, Bárbara <br />Cala a boca, Bárbara</p> </blockquote> <div style="padding-bottom: 0px; margin: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; display: inline; float: none; padding-top: 0px" id="scid:5737277B-5D6D-4f48-ABFC-DD9C333F4C5D:bddbd935-c63c-4283-8a2e-782b5e547d56" class="wlWriterEditableSmartContent"><div id="8e3c0e1a-baa7-4acf-8580-39bf573a0e16" style="margin: 0px; padding: 0px; display: inline;"><div><a href="http://www.youtube.com/watch?v=eLzqT0q6OOY" target="_new"><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxGJSkHuy6TdugDruVKeSSsA6_JP2Y_rsX8Cw2zc0GQFKJs1V1zB8So8hDCfri7CxzkTTEpB9_7VaoIR7DK48GXqCSLtwhTZ9Xbpw9AR5x-jXYH3eSUotoLYu57r3N77kpm8k1FsaoSmY/?imgmax=800" style="border-style: none" galleryimg="no" onload="var downlevelDiv = document.getElementById('8e3c0e1a-baa7-4acf-8580-39bf573a0e16'); downlevelDiv.innerHTML = "<div><object width=\"425\" height=\"355\"><param name=\"movie\" value=\"http://www.youtube.com/v/eLzqT0q6OOY&hl=en\"><\/param><embed src=\"http://www.youtube.com/v/eLzqT0q6OOY&hl=en\" type=\"application/x-shockwave-flash\" width=\"425\" height=\"355\"><\/embed><\/object><\/div>";" alt=""></a></div></div></div> Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/16596524011452707270noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1572371119840145402.post-53776020916883554532010-08-25T15:29:00.001-03:002010-08-25T15:29:52.755-03:00Concursos e Prêmios Literários - III Prêmio Literário Canon de Poesia 2010<p> </p> <blockquote> <p><a href="http://www.canon.com.br/"><img border="1" hspace="5" vspace="5" align="left" src="http://www.concursosliterarios.com.br/sites/arquivos/uploads/187.jpg" width="136" height="44" /></a>O concurso cultural denominado<strong> III Prêmio Literário Canon de Poesia 2010</strong> é promovido pela <strong>Canon do Brasil</strong> <strong>Ind. e Com. Ltda,</strong> pessoa jurídica estabelecida na Cidade de São Paulo, inscrita no CNPJ sob o nº 046.266.771/0001-26, pela <strong>Fábrica de Livros</strong> e pelo <strong>Grupo Editorial Scortecci</strong>, para autores brasileiros, maiores de 16 anos, residentes no Brasil.  </p> <p><a href="http://www.fabricadelivros.com.br/"><img border="1" hspace="5" vspace="5" align="left" src="http://www.concursosliterarios.com.br/sites/arquivos/uploads/298.png" width="136" height="44" /></a>Tem por objetivo descobrir novos talentos, promover a literatura e difundir a <strong><em>impressão digital de livros</em></strong> no Brasil. Este concurso é exclusivamente de cunho cultural, sem qualquer modalidade de sorte ou pagamento pelos concorrentes, estando aberto à participação de todos que assim o desejarem, sendo promovido pela empresa de acordo com a Lei n. 5768/71 e Decreto 70.951/72.   </p> <p><strong>REGULAMENTO</strong></p> <p>Inscrições: <strong>13 de Agosto de 2010 até 30 de Setembro de 2010</strong>, somente pela <strong><a href="http://www.concursosliterarios.com.br/formulario.php?id=352"><u>Internet</u></a></strong>.</p> <p>Ao fazer a inscrição, o Autor estará concordando com as regras do concurso, inclusive autorizando a publicação da obra em antologia e responderá por plágio, cópia indevida e demais crimes previstos na Lei do Direito Autoral. </p> <p>O Autor poderá participar com 1 (uma)<strong> POESIA</strong>, de no máximo 10 mil caracteres. Os trabalhos deverão estar em língua portuguesa, o que não impede o uso de termos estrangeiros no texto.</p> <p>O tema é livre e a inscrição grátis. A <strong>POESIA</strong> deverá ter obrigatoriamente um título. Não há necessidade de pseudônimo. Não há obrigatoriedade de ser inédita.</p> <p>A Parceria <strong>Canon do Brasil</strong> e <strong>Grupo Editorial Scortecci</strong> escolherão uma Comissão Julgadora composta de três membros de renomado prestígio literário e uma Comissão Organizadora que resolverá os casos omissos deste regulamento, se houver.</p> <p><strong>PRÊMIO:</strong></p> <p>Publicação da obra em antologia do <strong>III Prêmio Literário Canon de Poesia 2010</strong>, selo editorial <strong>Fábrica de Livros / Scortecci</strong>, reunindo por ordem alfabética, 50 (cinquenta) POESIAS e seus AUTORES (minibiografia), conforme seleção e escolha irrevogável da Comissão Julgadora. </p> <p>Características da obra: 1500 (mil e quinhentos) exemplares, formato 14 x 20,7 cm, com aproximadamente 100 páginas, ISBN e Ficha Catalográfica. </p> <p>A obra NÃO será comercializada e sua venda proibida. </p> <p>Os 50 (cinquenta) participantes escolhidos com as melhores <strong>POESIAS</strong> receberão como prêmio e a título de Direito Autoral, 10 (dez) exemplares da obra, além da divulgação e promoção da poesia pela <strong>Canon do Brasil</strong> pelo período de um ano em ações de Marketing e Propaganda.</p> <p><strong>CRONOGRAMA:</strong></p> <p>- Inscrições: <strong>13 de Agosto de 2010 até 30 de Setembro de 2010</strong>.</p> <p>- Período de Seleção: Outubro de 2010.</p> <p>- Edição e Impressão da Obra: Novembro de 2010.</p> <p>- Lançamento: Dezembro de 2010.</p> <p><strong>INFORMAÇÕES: <br /></strong> <br />Link para acesso a <strong><a href="http://www.concursosliterarios.com.br/formulario.php?id=352"><u>Ficha de Inscrição</u></a></strong>.</p> <p><a href="mailto:premiocanon2010@concursosliterarios.com.br"><strong><u>premiocanon2010@concursosliterarios.com.br</u></strong></a></p> <p>Telefones: (11) 3032.1179 ou (11) 3032.6501</p> </blockquote> <p><a href="http://www.concursosliterarios.com.br/lermais_materias.php?cd_materias=352">Concursos e Prêmios Literários - III Prêmio Literário Canon de Poesia 2010</a></p> Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/16596524011452707270noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1572371119840145402.post-60532686318115020872010-08-21T09:47:00.001-03:002010-08-21T09:47:56.045-03:00MARIA FUMAÇA<p><small><font color="#800080"><em><strong>Composição: Kleiton E Kledir</strong></em></font></small></p> <div style="padding-bottom: 0px; margin: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; display: inline; float: none; padding-top: 0px" id="scid:5737277B-5D6D-4f48-ABFC-DD9C333F4C5D:0283fcd2-0581-4490-93a9-cc8f7db6fa62" class="wlWriterEditableSmartContent"><div id="f4d7a7f9-1be2-458b-bbc9-bf080a8b033a" style="margin: 0px; padding: 0px; display: inline;"><div><a href="http://www.youtube.com/watch?v=bYWd4Nvw6J8" target="_new"><img src="http://lh6.ggpht.com/__wLw3lI1pdo/TG_K8GPSH-I/AAAAAAAAAxg/WVMXryBMPII/videoa7585ca006fe%5B6%5D.jpg?imgmax=800" style="border-style: none" galleryimg="no" onload="var downlevelDiv = document.getElementById('f4d7a7f9-1be2-458b-bbc9-bf080a8b033a'); downlevelDiv.innerHTML = "<div><object width=\"377\" height=\"282\"><param name=\"movie\" value=\"http://www.youtube.com/v/bYWd4Nvw6J8&hl=en\"><\/param><embed src=\"http://www.youtube.com/v/bYWd4Nvw6J8&hl=en\" type=\"application/x-shockwave-flash\" width=\"377\" height=\"282\"><\/embed><\/object><\/div>";" alt=""></a></div></div></div> <blockquote> <p>Essa Maria Fumaça <br />É devagar quase parada <br />Oh seu foguista <br />Bota fogo na fogueira <br />Que essa chaleira <br />Tem que tá até sexta-feira <br />Na estação de Pedro Osório <br />Sim senhor!...</p> <p>Se esse trem não chega a tempo <br />Vou perder meu casamento <br />Atraca, atraca <br />Ligadão nessa lareira <br />Esse fogão é que <br />Acelera essa banheira <br />O padre é louco <br />E bota outro em meu lugar...</p> <p>Se chego tarde não vou casar <br />Eu perco a noiva e o jantar <br />A moça não é nenhuma miss <br />Mas é prendada e me faz feliz <br />Seu pai é um próspero fazendeiro <br />Não é que eu seja interesseiro <br />Mas sempre é bom e aconselhável <br />Unir o útil ao agradável...</p> <p>Esse trem não sai do chão <br />Capaz! <br />Urinaram no carvão <br />Mas que barbaridade! <br />Entupiram a lotação <br />Mééééé! <br />E eu nem sou desse vagão <br />Mas que tá fazendo aqui? <br />Mas que baita confusão <br />Opa! Opa! <br />Tem crioulo e alemão <br />Empregado com patrão <br />Ôpa! Me passaram a mão <br />Ora vá lamber sabão...</p> <p>Tagará, tagará, tagará <br />Tagará, tagará <br />Togoro, togoro <br />Togoro, togoro <br />Tagará, tagará, tagará <br />Tagará, tagará, tagará <br />Togoro, togoro, togoro <br />Se por acaso eu não casar <br />Alguém vai ter <br />Que indenizar...</p> <p>Esse expresso vai a trote <br />Mais parece um pangaré <br />Essa carroça <br />Jaboti com chaminé <br />Eu tenho pena <br />De quem segue prá Bagé <br />Seu cobrador cadê meu troco? <br />Por favor!...</p> <p>E dá-lhe apito e manivela <br />Passa sebo nas canelas <br />Seu maquinista <br />Eu vou tirar meu pai da forca <br />Por que não joga esse museu <br />No ferro velho <br />E compra logo <br />Um trem moderno japonês...</p> <p>No dia alegre do meu noivado <br />Pedi a mão todo emocionado <br />A mãe da moça me garantiu: <br />"É virgem, só que morou no Rio <br />O pai falou: <br />"É carne de primeira <br />Mas se abre a boca <br />Só sai besteira" <br />Eu disse: <br />"Fico com essa guria <br />Só quero mesmo <br />É prá tirar cria"...</p> <p>Esse trem não era o teu <br />O meu esvaziaram o pneu <br />Mas cadê esse guri? <br />Tá na fila do xixi <br />Tem chiclete com tatu <br />Que nojo! <br />E foi alguém de Canguçu <br />Me roubaram meu chapéu <br />Alapucha! <br />Chama o homem do quartel <br />E deu enjôo na mulher <br />Fez "porquinho" no meu pé...</p> <p>Tagará, tagará, tagará <br />Tagará, tagará <br />Togoro, togoro <br />Togoro, togoro <br />Tagará, tagará <br />Togoro, togoro <br />Togoro, togoro <br />Se por acaso eu não casar <br />Alguém vai ter <br />Que indenizar <br />E é o presidente dessa tal <br />R.F.F.S.A...R.F.F.S.A. <br />R.F.F.S.A...R.F.F.S.A. <br />R.F.F.S.A...R.F.F.S.A.</p> </blockquote> <p><a href="http://letras.terra.com.br/kleiton-e-kledir/165289/">MARIA FUMAÇA - Kleiton e Kledir (letra e vídeo)</a></p> Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/16596524011452707270noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1572371119840145402.post-49227740240557515222010-05-15T10:19:00.001-03:002010-05-15T10:19:22.976-03:00O tempo não pára<p> </p> <blockquote> <p><small><font color="#808080" size="2">Composição: Cazuza / Arnaldo Brandão</font></small></p> <div style="padding-bottom: 0px; margin: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; display: inline; float: none; padding-top: 0px" id="scid:5737277B-5D6D-4f48-ABFC-DD9C333F4C5D:240a1dd0-ad47-4fa5-bebc-ee1c60864de1" class="wlWriterEditableSmartContent"><div id="96d997d9-019e-4e87-ac1a-050ae1f82d51" style="margin: 0px; padding: 0px; display: inline;"><div><a href="http://www.youtube.com/watch?v=7AkEQM9AdEY" target="_new"><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiOUvLua3-Jui7EjNfdgRipV4h-ArxY28TCLx_Ojf4Qz8VB8PUofwN4i2QAVBBwKsmzG228-S9gWTCppEQJvFvn172ApWe-HH6RVmf57I6Llz_RDyE5sDcug1aEujYzg-MOaOSAMWQGaDw/?imgmax=800" style="border-style: none" galleryimg="no" onload="var downlevelDiv = document.getElementById('96d997d9-019e-4e87-ac1a-050ae1f82d51'); downlevelDiv.innerHTML = "<div><object width=\"373\" height=\"312\"><param name=\"movie\" value=\"http://www.youtube.com/v/7AkEQM9AdEY&hl=en\"><\/param><embed src=\"http://www.youtube.com/v/7AkEQM9AdEY&hl=en\" type=\"application/x-shockwave-flash\" width=\"373\" height=\"312\"><\/embed><\/object><\/div>";" alt=""></a></div></div></div> <p> </p> <p>Disparo contra o sol <br />Sou forte, sou por acaso <br />Minha metralhadora cheia de mágoas <br />Eu sou um cara <br />Cansado de correr <br />Na direção contrária <br />Sem pódio de chegada ou beijo de namorada <br />Eu sou mais um cara</p> <p>Mas se você achar <br />Que eu tô derrotado <br />Saiba que ainda estão rolando os dados <br />Porque o tempo, o tempo não pára</p> <p>Dias sim, dias não <br />Eu vou sobrevivendo sem um arranhão <br />Da caridade de quem me detesta</p> <p>A tua piscina tá cheia de ratos <br />Tuas idéias não correspondem aos fatos <br />O tempo não pára</p> <p>Eu vejo o futuro repetir o passado <br />Eu vejo um museu de grandes novidades <br />O tempo não pára <br />Não pára, não, não pára</p> <p>Eu não tenho data pra comemorar <br />Às vezes os meus dias são de par em par <br />Procurando uma agulha num palheiro</p> <p>Nas noites de frio é melhor nem nascer <br />Nas de calor, se escolhe: é matar ou morrer <br />E assim nos tornamos brasileiros <br />Te chamam de ladrão, de bicha, maconheiro <br />Transformam o país inteiro num puteiro <br />Pois assim se ganha mais dinheiro</p> <p>A tua piscina tá cheia de ratos <br />Tuas idéias não correspondem aos fatos <br />O tempo não pára</p> <p>Eu vejo o futuro repetir o passado <br />Eu vejo um museu de grandes novidades <br />O tempo não pára <br />Não pára, não, não pára</p> <p>Dias sim, dias não <br />Eu vou sobrevivendo sem um arranhão <br />Da caridade de quem me detesta</p> <p>A tua piscina tá cheia de ratos <br />Tuas idéias não correspondem aos fatos <br />O tempo não pára</p> <p>Eu vejo o futuro repetir o passado <br />Eu vejo um museu de grandes novidades <br />O tempo não pára <br />Não pára, não, não pára</p></blockquote> Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/16596524011452707270noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1572371119840145402.post-72362092844500999092010-04-28T17:03:00.001-03:002010-04-28T17:03:11.952-03:00O soneto CXXX de Shakespeare.<p><img src="http://www.wikispaces.com/space/showimage/Shakespeare1.jpg" width="258" height="335" /></p> <blockquote> <p><a href="http://publicoeprivado.wordpress.com/2007/01/30/o-amor-desmetaforizado-o-soneto-cxxx-de-shakespeare/black-womanpng/"></a><a href="http://publicoeprivado.wordpress.com/2007/01/30/o-amor-desmetaforizado-o-soneto-cxxx-de-shakespeare/mains-aux-fleurs-picassopng/"></a></p> <p>Não tem olhos solares meu amor; <br />Mais rubro que seus lábios é o coral; <br />Se neve é branca, é escura a sua cor; <br />E a cabeleira ao arame é igual.</p> <p>Vermelha e branca é a rosa adamascada <br />Mas tal rosa sua face não iguala; <br />E há fragrância bem mais delicada <br />Do que a do ar que minha amante exala.</p> <p>Muito gosto de ouvi-la, mesmo quando <br />Na música há melhor diapasão; <br />Nunca vi uma deusa deslisando <br />Mas minha amada caminha no chão.</p> <p>Mas juro que esse amor me é mais caro <br />Que qualquer outra à qual eu a comparo.</p> <p><font size="2"><font color="#808080"><em>Poemas de amor</em> (tradução de Barbara Heliodora)</font></font></p> </blockquote> <p>(Lí este poema pela primeira vez quando estava com quinze ou dezesseis anos e estava procurando um poema para dar para a minha primeira namorada. É claro que não foi este o poema dado, mas por seu realismo eu achei, e ainda acho,  fantástico. Somente quem acorda todos os dias ao lado da pessoa amada sabe como as vezes é difícil …)</p> <p><a href="http://publicoeprivado.wordpress.com/2007/01/30/o-amor-desmetaforizado-o-soneto-cxxx-de-shakespeare/"> </a></p> Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/16596524011452707270noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1572371119840145402.post-79433456209319547002010-03-30T11:28:00.003-03:002010-03-30T11:35:07.496-03:00Café-Expresso<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_F0NGqSctDFTisooVfXcoDQIzt7d8kGYKTzbLtmkG0Aj4PfCPtvPGHjLKwVFNEpGqDTJVlTQklHOmj5qS35x5crkNXcpsWbV35rgNetCV-lQ214nbdhkW-72hx2F5m8CB0o-cvhIkNg8/s1600/untitled.bmp"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 188px; FLOAT: left; HEIGHT: 234px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5454435139429348898" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_F0NGqSctDFTisooVfXcoDQIzt7d8kGYKTzbLtmkG0Aj4PfCPtvPGHjLKwVFNEpGqDTJVlTQklHOmj5qS35x5crkNXcpsWbV35rgNetCV-lQ214nbdhkW-72hx2F5m8CB0o-cvhIkNg8/s400/untitled.bmp" /></a><br /><div><em><span style="color:#663366;">Cassiano Ricardo</span></em><br /><br /><br />1<br />Café-expresso — está escrito na porta.<br />Entro com muita pressa. Meio tonto,<br />por haver acordado tão cedo...<br />E pronto! parece um brinquedo...<br />cai o café na xícara pra gente<br />maquinalmente.<br /><br />E eu sinto o gosto, o aroma, o sangue quente de São Paulo<br />nesta pequena noite líquida e cheirosa<br />que é a minha xícara de café.<br />A minha xícara de café<br />é o resumo de todas as coisas que vi na fazenda e me vêm à memória<br />[apagada...<br /><br />Na minha memória anda um carro de bois a bater as porteiras da<br />estrada...<br />Na minha memória pousou um pinhé a gritar: crapinhé!<br />E passam uns homens<br />que levam às costas<br />jacás multicores<br />com grãos de café.<br /><br />E piscam lá dentro, no fundo do meu coração,<br />uns olhos negros de cabocla a olhar pra mim<br />com seu vestido de alecrim e pés no chão.<br /><br />E uma casinha cor de luar na tarde roxo-rosa...<br />Um cuitelinho verde sussurrando enfiando o bico na catléia cor de<br />[sol que floriu no portão...<br />E o fazendeiro, calculando a safra do espigão...<br /><br />Mas acima de tudo<br />aqueles olhos de veludo da cabocla maliciosa a olhar pra mim<br />como dois grandes pingos de café<br />que me caíram dentro da alma<br />e me deixaram pensativo assim...<br /><br />2<br />Mas eu não tenho tempo pra pensar nessas coisas!<br />Estou com pressa. Muita pressa.<br />A manhã já desceu do trigésimo andar<br />daquele arranha-céu colorido onde mora.<br />Ouço a vida gritando lá fora!<br />Duzentos réis, e saio. A rua é um vozerio.<br />Sobe-e-desce de gente que vai pras fábricas.<br /><br />Pralapracá de automóveis. Buzinas. Letreiros.<br />Compro um jornal. O Estado! O Diário Nacional!<br />Levanto a gola do sobretudo, por causa do frio.<br />E lá me vou pro trabalho, pensando...<br /><br />Ó meu São Paulo!<br />Ó minha uiara de cabelo vermelho!<br />Ó cidade dos homens que acordam mais cedo no mundo!<br /><br />__<br /><br /><em><span style="font-size:85%;">Cassiano Ricardo Leite<br />( São José dos Campos SP, 1895 - Rio de Janeiro RJ, 1974)<br /><br />Publicou, em 1915, o volume Dentro da Noite, primeira reunião de sua produção poética, então de estética parnasiana. Em 1917 formou-se em Direito, no Rio de Janeiro RJ, fundou a revista Panóplia e publicou o livro de poesia Evangelho de Pã. Aderiu ao Modernismo, com o livro Vamos Caçar Papagaios (1926), principalmente ao núcleo formado por Menotti del Picchia, Cândido Motta Filho e Plínio Salgado, de linha nacionalista. Em 1932 foi secretário do governador paulista Pedro de Toledo, sendo preso durante a Revolução Constitucionalista. Foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras em 1937. Dois anos depois, tornou-se diretor da revista Brasil Novo, do Departamento Nacional de Propaganda (DIP). Entre 1948 e 1952 foi criador, diretor e presidente do Clube de Poesia de São Paulo, além de idealizador do Iº Congresso Paulista de Poesia. Em 1951 dirigiu a editora A Noite. Entre 1953 e 1972 publicou estudos sobre vários poetas, entre os quais Cecília Meireles, Gonçalves Dias e Guilherme de Almeida, e também sobre poesia na técnica do romance e poesia práxis. Em 1960 recebeu o prêmio Jabuti, pelo livro A Difícil Manhã (1960) e, em 1965, ganhou o Prêmio Juca Pato - Intelectual do Ano, concedido pela União Brasileira de Escritores. No período de 1967 a 1974 foi membro do Conselho Federal de Cultura. A poesia de Cassiano Ricardo está vinculada à primeira geração modernista; no entanto, segundo a crítica Nelly Novaes Coelho, “desde os idos de 1915 (quando Cassiano inicia sua tarefa de poeta) até hoje, sua poesia vem sendo o índice mais eloqüente das várias mutações por que tem passado a poesia brasileira nestes últimos cinqüenta anos.”.<br /></span></em></div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/16596524011452707270noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1572371119840145402.post-63356312827433327872010-02-11T00:05:00.002-02:002010-02-11T00:07:54.528-02:00A segunda chance<strong><span style="font-size:85%;color:#660000;"><em>Luiz Santos</em></span></strong><br /><br />Perdoa todos meus desatinos<br />Era só um menino,<br />Que desconhecia a pureza do amor.<br />Adolescente infantil, não viu o teu interior.<br />O importante pra mim<br />É que fosse bela, envolver em meus braços.<br />Erguer o troféu, desfilar na passarela,<br />Exibir para o mundo o meu favo de mel.<br /><br />Deixa eu te amar de novo,<br />Como se fosse outro<br />Em tua vida.<br />Esqueça o que fiz de errado<br />Todos os meus pecados querida.<br /><br />Descobri com o tempo<br />Que o amor não tem cor, não tem cara<br />É beleza rara, que os olhos não vê.<br />Pra se ter, é preciso sentir<br />Merecer, não se pode mentir.<br />É essência divina<br />É presente, é partilha,<br />Do Supremo Poder.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/16596524011452707270noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1572371119840145402.post-2014168743154492952009-12-15T05:57:00.006-02:002009-12-20T06:19:30.632-02:00Pra não dizer que não falei das flores<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dxRXJl-qptoz-CTOeaDa6cZM76ASaYfAR2YasLFMGuw6xDOyee0PdGDsndaRzleN7iQX0oshBsSYvm84IGjcw' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe><br /><br /><br /><span style="color:#663366;"><em>Geraldo Vandré</em></span><br /><br />Caminhando e cantando<br />E seguindo a canção<br />Somos todos iguais<br />Braços dados ou não<br />Nas escolas, nas ruas<br />Campos, construções<br />Caminhando e cantando<br />E seguindo a canção...<br /><br />Vem, vamos embora<br />Que esperar não é saber<br />Quem sabe faz a hora<br />Não espera acontecer...(2x)<br /><br />Pelos campos há fome<br />Em grandes plantações<br />Pelas ruas marchando<br />Indecisos cordões<br />Ainda fazem da flor<br />Seu mais forte refrão<br />E acreditam nas flores<br />Vencendo o canhão...<br /><br />Vem, vamos embora<br />Que esperar não é saber<br />Quem sabe faz a hora<br />Não espera acontecer...(2x)<br /><br />Há soldados armados<br />Amados ou não<br />Quase todos perdidos<br />De armas na mão<br />Nos quartéis lhes ensinam<br />Uma antiga lição:<br />De morrer pela pátria<br />E viver sem razão...<br /><br />Vem, vamos embora<br />Que esperar não é saber<br />Quem sabe faz a hora<br />Não espera acontecer...(2x)<br /><br />Nas escolas, nas ruas<br />Campos, construções<br />Somos todos soldados<br />Armados ou não<br />Caminhando e cantando<br />E seguindo a canção<br />Somos todos iguais<br />Braços dados ou não...<br /><br />Os amores na mente<br />As flores no chão<br />A certeza na frente<br />A história na mão<br />Caminhando e cantando<br />E seguindo a canção<br />Aprendendo e ensinando<br />Uma nova lição...<br /><br />Vem, vamos embora<br />Que esperar não é saber<br />Quem sabe faz a hora<br />Não espera acontecer...(4x)Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/16596524011452707270noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-1572371119840145402.post-27970669433334419672009-12-15T03:28:00.005-02:002009-12-15T03:47:31.611-02:00Chão de estrelas<em><span style="font-size:85%;color:#663366;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dz5S5wl6yDH069t4Uh_CXU0wjU86eiErP1W7dVrdslEAl_UWh3HL8Esrvx3j3pobhkZAfbNnfy86LQUMmmemQ' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe></span></em><br /><em><span style="font-size:85%;color:#663366;">Silvio Caldas e Orestes Barbosa<br /></span></em><br />Minha vida era um palco iluminado<br />E eu vivia vestido de dourado<br />Palhaço das perdidas ilusões<br />Cheio dos guizos falsos da alegria<br />Andei cantando minha fantasia<br />Entre as palmas febris dos corações<br /><br />Meu barracão lá no morro do Salgueiro<br />Tinha o cantar alegre de um viveiro<br />Foste a sonoridade que acabou<br />E hoje, quando do Sol a claridade<br />Forra o meu barracão, sinto saudade<br />Da mulher, pomba-rola que voou<br /><br />Nossas roupas comuns dependuradas<br />Na corda qual bandeiras agitadas<br />Pareciam um estranho festival<br />Festa dos nossos trapos coloridos<br />A mostrar que nos morros mal vestidos<br />É sempre feriado nacional.<br /><br />A porta do barraco era sem trinco<br />Mas a lua furando nosso zinco<br />Salpicava de estrelas nosso chão<br />E tu pisavas nos astros distraída<br />Sem saber que a ventura desta vida<br />É a cabrocha, o luar e o violãoAnonymoushttp://www.blogger.com/profile/16596524011452707270noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1572371119840145402.post-75101611067989209302009-12-06T01:34:00.003-02:002009-12-06T01:49:59.714-02:00Barracão de zinco<p><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dwMmqNwQDqdUXP5typ5aGdI9Xi9M7kxjTdRGQ9wgxROV3AlJHnwxwsvTAGndWxYnVeEv-Yg7ZuFB37e2kkLbw' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe></p><p></p><p></p><p></p><br /><em><strong><span style="font-size:85%;color:#663366;">Luiz Antonio e Oldemar Magalhães<br /></span></strong></em><br />Ai barracão<br />Pendurado no morro<br />Vim pedindo socorro<br />A cidade aos seus pés<br />Ai barracão<br />Tua vida eu escuto<br />Não te esqueço um minuto<br />Hoje sei quem tu és<br />Barracão de zinco<br />Tradição do meu país<br />Barracão de zinco<br />Pobre é tão infeliz<br />Ai barracão<br />Pendurado no morro<br />Vim pedindo socorro<br />A cidade aos seus pés<br />Ai barracão<br />Tua vida eu escuto<br />Não te esqueço um minuto<br />Hoje sei quem tu és<br />Barracão de zinco<br />Tradição do meu país<br />Barracão de zinco<br />Pobre é tão infeliz<br />Ai barracão<br />Pendurado no morro<br />Vim pedindo socorro<br />A cidade aos seus pés<br />Ai barracão<br />Tua vida eu escuto<br />Não te esqueço um minuto<br />Hoje sei quem tu és<br />Barracão de zinco<br />Tradição do meu país<br />Barracão de zincoAnonymoushttp://www.blogger.com/profile/16596524011452707270noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1572371119840145402.post-34684705218911641922009-11-19T07:00:00.002-02:002009-11-19T07:04:21.689-02:00Inesquecível<span style="color:#663366;"><em>Luiz Santos</em></span><br /><br />Eu queria,<br />Não sentir mais saudades,<br />afastar esse tédio,<br />Expulsar meu tormento,<br />Não ter mais você,<br />em meu pensamento.<br />Dessa dor que se agrava,<br />no passar do tempo.<br />Eu queria,<br />Não ter mais arrepios quando lhe vejo,<br />Reviver emoções do calor do seu beijo.<br />De a sua voz ficar surdo<br />e o seu nome da mente desaparecer.<br /><br />Eu queria,<br />Livrar-me desse inesquecível amor absurdo,<br />Que ao tempo venceu<br />e apenas eu, quem perdeu.<br />Ainda escravo desse sentimento sofrido,<br />Eu lamento não poder esquecer,<br />Porque ele tão forte sobrevive,<br />a minha vontade de ser.<br />Meu coração suplica espaço,<br />apagar o passado,<br />Desse amor, que só por mim foi amado<br />E a esperança de merecer.<br />Sua lembrança é como o castigo que carrego comigo,<br />Só porque ainda hoje,<br />Eu amo você.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/16596524011452707270noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1572371119840145402.post-14939786785643339122009-11-04T02:41:00.001-02:002009-11-04T02:43:52.572-02:00MedoVirgínia Victorino<br /><br /><br />Ouve o grande silencio destas horas!<br />Há quanto tempo não dizemos nada ...<br />Tens no sorriso uma expressão magoada,<br />tens lágrimas nos olhos, e não choras!<br /><br />As tuas mãos nas minhas mãos demoras<br />numa eloqüência muda, apaixonada ...<br />Se o meu sombrio olhar de amargurada<br />procura o teu, sucumbes e descoras ...<br /><br />O momento mais triste de uma vida<br />é o momento fatal da despedida,<br />- Vê como o medo cresce em mim, latente ...<br /><br />Que assustadora, enorme sombra escura!<br />Eis afinal, amor, toda a tortura:<br />- vejo-te ainda, e já te sinto ausente!Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/16596524011452707270noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1572371119840145402.post-60252450244788674162009-09-23T04:01:00.001-03:002009-09-23T04:02:54.913-03:00Insegura<em><span style="font-size:85%;color:#663366;">Luiz Santos<br /></span></em><br />Minha solene jura<br />Não foi impura,<br />Quando disse lhe amar, Se quer<br />Foi apenas momento.<br />Novamente lhe juro lamento,<br />Não acreditar em mim.<br />Fiel aos meus conceitos,<br />Certo de não ser defeito,<br />Muito menos engano.<br />Como gotas do oceano,<br />Impossível contar.<br />Meu amor é assim.<br /><br />Confesso no principio, foi paixão.<br />Mas, a dor do coração,<br />Mudou minha opinião.<br />Pensei, até mesmo desistir,<br />Quando o amor fala mais alto,<br />Não tem como intervir.<br />Talvez fosse melhor para nós dois.<br />Nada disso acontecer<br />Você, tão descrente de mim.<br />E eu, amando você.<br /><br />Guardo no bolso as alianças<br />E no peito a esperança.<br />Até quando, de idéia mudar. Até lá.<br />Vou seguindo sozinho<br />Do caminho tirando os espinhos.<br />O destino; vai ter que explicar.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/16596524011452707270noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1572371119840145402.post-27314985222939747432009-09-10T03:11:00.001-03:002009-09-10T03:13:02.459-03:00Rabiscos de uma existencia<em><span style="font-size:85%;color:#663366;">Betânia Uchôa<br /></span></em><br />No ensaio de minha vida<br />sempre descubro<br />que sou de muitas facetas<br />muitas mulheres buscando ser uma<br />várias fatias de um mesmo bolo<br />sou a menina crescida,<br />a revolucionária escondida<br />a amiga que te consola<br />a médica que te cura<br />a professora que te ensina<br />a estudante que aprende com a vida<br />a voz que te embala, canto da alegria<br />sou a estrela no palco de minha vida<br />mas sou a estrela da vida de alguém<br />sou alma , sou calma...<br />sou riso, risada...um grito.<br />sou a voz no silêncio...<br />sou a noite, lua cheia...<br />olhos negros, uma gata...<br />sou loba, fera a solta...<br />sou a dança de rua<br />a cientista, sou neguinha<br />sou mulher...<br />sou a que ama com loucura,<br />que te acolhe num abraço...<br />sou a que é amada com loucura<br />sou a que se saceia com seu amor...<br />tantas de mim...<br />sou rabiscos, folhas soltas...<br />sou linhas retas ou tortas<br />nas inumeras páginas<br />de minha existencia...<br />.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/16596524011452707270noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-1572371119840145402.post-89256356125611521992009-08-26T21:18:00.003-03:002009-08-26T21:23:15.711-03:00Biologia do amor<span style="color:#660000;"><span style="font-size:85%;"><em>Luiz Santos</em></span><br /></span><br />Nunca imaginei o poder da imagem,<br />O domínio atraente.<br />Que faz o olhar perseguir,<br />sem sentir,<br />A ordenação,<br />que vem da mente.<br />A hipnose envolvente fascina<br />Como ato eloqüente de pura magia,<br />Penetra nos olhos atravessa a retina<br />E atinge a alma da gente.<br />Percorrendo a corrente sangüínea,<br />Acelera a emoção,<br />Chega ao coração e faz pulsar a paixão.<br />Segue em frente, de volta a mente.<br />Transforma em energia dos neurônios.<br />Os hormônios ao corpo irradiam.<br />A imagem se faz simpatia prover<br />Ornada em beleza,<br />Tudo perfeito se vê.<br />Assim nasce o amor.<br />Em mim.<br />Em você.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/16596524011452707270noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-1572371119840145402.post-3919200790331999072009-08-24T21:49:00.003-03:002009-09-03T21:07:59.594-03:00Amor vadio<span style="font-size:85%;color:#663366;"><em>Márcia Rocha</em></span><br /><br />Estranha a força que me domina;<br />nunca poderei entender...<br />dos versos que teço agora;<br />São só para te enlouquecer...<br /><br />Dos redemoinhos que me encontro;<br />da paz que procuro achar...<br />teu vulto me vem distante;<br />voltando a me desabar.<br /><br />Sem ti... sinto-me perdida...<br />contigo, dor lascinante...<br />o que me aguarda da vida;<br />sem teu olhar fascinante.<br /><br />Felicidade distante...<br />coração chorando e sorrindo;<br />nada sei...nada sou...<br />nada entendo...<br />desse estranho amor vadio.<br /><br />Pesa tanto e a vida é tão breve;<br />minha alma a tua sombra leve!<br />Derrama no meu coraçâo...<br />a tua incerteza que fere.<br /><br />18/11/2008Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/16596524011452707270noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1572371119840145402.post-43025285443661414762009-08-15T02:29:00.001-03:002009-08-15T02:31:45.486-03:00Valsar com a vida<em><span style="font-size:85%;color:#663366;">Alberto da Fonseca<br /></span></em><br />Ò vida minha<br />Que te amo tanto<br />Tu és tão meiguinha<br />Numa valsa dançando.<br />Um passo para trás<br />Dois para a frente<br />Ope lá!<br />Uma voltinha<br />Uma segunda<br />E uma terceira<br />Uma quarta ainda<br />Ò minha vida<br />Tu és tão lindinha.<br /><br />A morte estava sentada<br />Ao canto, no seu lugar<br />Fizemos-lhe um careta<br />E fomos os dois valsar.<br />Um passo para trás<br />Dois para a frente<br />Ope lá!<br />Uma voltinha<br />Uma segunda<br />E uma terceira<br />Uma quarta ainda,<br />Ò minha vida<br />Tu és Rainha.<br /><br />À noite fomos para a cama<br />Para nos irmos deitar<br />Mas tu com a tua chama<br />Preferiste ir valsar.<br />Um passo para trás<br />Dois para a frente<br />Ope lá!<br />Uma voltinha<br />Uma segunda<br />E uma terceira<br />Uma quarta ainda.<br />Ò minha vida<br />Tu és Joaninha.<br /><br />E pela vida fora<br />Foi sempre a dançar<br />E até à aurora<br />Era só valsar.<br />Um passo para trás<br />Dois para a frente<br />Ope lá!<br />Uma voltinha<br />Uma segunda<br />E uma terceira<br />E uma quarta ainda.<br />Ò minha vida<br />Tu és andorinha!Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/16596524011452707270noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1572371119840145402.post-6968471148195039752009-08-12T02:38:00.006-03:002009-08-12T02:44:50.650-03:00Lágrima<span style="font-size:85%;color:#663366;"><em>Amália Rodrigues</em><br /></span><br />Cheia de penas me deito<br />E com mais penas me levanto<br />Já me ficou no meu peito<br />O jeito de te querer tanto.<br /><br />Tenho por meu desespero<br />Dentro de mim o castigo<br />Eu digo que não te quero<br />E de noite sonho contigo.<br /><br />Se considero que um dia hei-de morrer<br />No desespero que tenho de te não ver<br />Estendo o meu xale no chão<br />E deixo-me adormecer.<br /><br />Se eu soubesse que morrendo<br />Tu me havias de chorar<br />Por uma lágrima tua<br />Que alegria me deixaria matar.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/16596524011452707270noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1572371119840145402.post-71214990167557449232009-08-11T01:58:00.002-03:002009-08-11T02:00:38.107-03:00Acordes poéticos<em><span style="font-size:85%;color:#663366;">Julia da Costa</span></em><br /><br />Não tenho segredos, é pura minh´alma,<br />Qual cândida aurora rasgando o seu véu!<br />Velando ou dormindo, chorando ou sorrindo,<br />Só amo – meus campos – meu solo – meu céu!<br /><br />Cresci sobre um ermo tristonho e sombrio,<br />Soltei nas campinas meu primo cantar,<br />Saudei nas montanhas o sol que nascia,<br />Brinquei entre moitas ao claro luar!<br /><br />Sou jovem, sou meiga, sorri-me o futuro<br />Nas fímbrias douradas de auroras de paz,<br />A flor das campinas só ama o infinito<br />Do céu, das venturas, não quer nada mais!<br /><br />As flores dos prados não causam-me inveja,<br />Que hei flores mimosas no meu coração!<br />Lauréis e grandezas, eu não, não aspiro,<br />Não quero ter gozo tão falso, tão vão!<br /><br />Não tenho segredos, é pura minh´alma,<br />Qual cândida aurora rasgando o seu véu!<br />Velando ou dormindo, chorando ou sorrindo,<br />Só amo – meus campos – meu solo – meu céu!<br />.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/16596524011452707270noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1572371119840145402.post-33414336277344127782009-07-17T01:39:00.003-03:002009-07-17T01:48:04.460-03:00Amor + ação = doação...<span style="font-size:78%;"><em>TÅRSØ<br />CAVÅ£ËÎRØ</em></span><br /><br />Como poeta me fiz doação...a você !<br />Me despi de minhas emoções<br />me fiz coração<br />me inspirei no seu mundo<br />me arrisquei no meu salto<br />Me traduzi em letras...em sonetos<br />Aliviei minha bagagem...mostrei meu<br />carinho<br />Fui histórias sem fim<br />Como humano...me doei em vida de<br />corpo<br />Fiz escolhas de salvar,<br />num futuro quem sabe Deus,<br /><br />____alguém !!<br /><br />Vou doar tudo que tenho<br />ou tudo que foi me dado<br />vou devolver ao Pai aquilo<br />que cuidei com amor<br />que por amor recebi<br />Darei de mim...cada pedaço<br /><br />____para que seja amado de novo<br /><br />Darei meu sangue como ouro<br />meus olhos serão farois de outra vida<br />meu coração motor de outra fonte<br />Só por amor poderei fazer escolhas<br /><br />____seria loucura ?<br /><br />Quero salvar uma vida que seja<br />pois para quem está na espera<br />um ato é tudo que posso executar<br />Como humano me dispo de todas minha<br />vontades<br />Se a ciência atingiu esse nivél de<br />conhecimento...devo partilhar<br />em amor<br /><br />ajudando-a vencer a morte !!Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/16596524011452707270noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1572371119840145402.post-4518465266122382162009-07-17T01:37:00.003-03:002009-07-27T07:31:24.677-03:00Páginas em branco<em><span style="font-size:85%;">Luiz dos Santos<br /></span></em><br />Folheando meu caderno da vida,<br />Descobri algumas páginas em branco.<br />Tentei lembrar a razão<br />E até mesmo perguntar-me,<br />O por quê?<br />Curioso, desfolhei mais ainda,<br />Em busca de uma resposta.<br />Não me decepcionei,<br />Quando nada encontrei.<br />Na verdade, achei bem melhor,<br />Porque sei seria pior,<br />Se tudo ficasse escrito.<br />Na vida, nem tudo deve ser relido.<br />Por isso o tempo apaga,<br />O que deve ser esquecido.<br /><br />Pensei no aproveito<br />Das páginas em branco,<br />Mas um tranco impediu-me o intento<br />No momento em que li<br />Naquelas páginas em branco,<br />Que o ensinamento da vida,<br />É o exemplo,<br />Das páginas em branco vividas.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/16596524011452707270noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-1572371119840145402.post-18020027950038225012009-07-16T00:51:00.002-03:002009-07-16T00:53:08.394-03:00Doutrina de amar<strong><em><span style="font-size:85%;color:#663366;">Luiz Santos</span></em><br /></strong><br />Tua ternura acalma,<br />Tal qual a flor,<br />Suavidade da alma.<br />Brandura cristalina<br />Emanante brilha,<br />A luz reluzente<br />Transparente energia.<br />Que és guia permanente,<br />Que trilha.<br />Que o equilíbrio conduz<br />A serenidade sutil,<br />A um mero servil,<br />Ser gentil. Não faz diferença à nobreza.<br />Que a riqueza é a pureza divina,<br />Que ensina a doutrina de amar;<br />Aos outros como o próprio eu,<br />Não aos meus, nem aos teus.<br />Mas todos, que em ti assemelha.<br />Porque também és,<br />Do teu Deus.<br />A centelha.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/16596524011452707270noreply@blogger.com1