Amália Rodrigues
Cheia de penas me deito
E com mais penas me levanto
Já me ficou no meu peito
O jeito de te querer tanto.
Tenho por meu desespero
Dentro de mim o castigo
Eu digo que não te quero
E de noite sonho contigo.
Se considero que um dia hei-de morrer
No desespero que tenho de te não ver
Estendo o meu xale no chão
E deixo-me adormecer.
Se eu soubesse que morrendo
Tu me havias de chorar
Por uma lágrima tua
Que alegria me deixaria matar.
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
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